Nesses meus poucos dias que tenho estado aqui em Bissau, tenho
me deparado com varias situações, como chegar em uma pessoa e falar português e
ela não entender o que você fala porque só fala a língua nativa o Kriol, ou
estar em alguma comemoração onde todos falam inglês e você não, ou chegar perto
de uma criança e ela corre para o colo de sua mãe e começa a chorar porque pra
ela eu sou branca pelelê, mas não foi isso que me chamou a atenção essa semana
e quero compartilhar com vocês.
Estava em uma padaria bem conhecida entre os vários estrangeiros
que aqui trabalham em Bissau, essa padaria fica em frente ao palácio do
presidente e como já era final de tarde como de costume tem o arriamento da
Bandeira, como o palácio fica no centro da cidade tem muitas pessoas
caminhando, fazendo atividade física, trabalhando e carros circulando é claro. Quando
os soldados iniciam o arriamento da bandeira foi como o tempo literalmente congelasse,
as pessoas que estavam passando perto paravam e se viravam para a bandeira em
modo de respeito, os que estavam passando com seus carros no trânsito paravam e
desciam dos carros e direcionavam para a bandeira, literalmente o tempo parou
naquele momento. E eu boba achei lindo aquele momento e até me arrepiei, pois
sendo brasileira e escoteira no Brasil se eu paro em frente a uma bandeira
sendo hasteada ou arriado em modo de respeito, as pessoas logo param e olham,
param pra perguntar se eu estou bem? ou só olham achando que eu sou louca mas...
Na minha visão algo que é tão bonito e que deveria ser
natural para muitos brasileiros hoje cai no esquecimento de muitos e até mesmo
nas escolas hoje é raro ter um momento cívico de respeito a Bandeira de
respeito ao país. Acho que se tiver algum hasteamento ou arriamento de bandeira
nas escolas hoje é só no dia da Bandeira mesmo 19 de novembro. Por fim o que
quero compartilhar com vocês são essas pequenas coisas que para mim esta sendo
um grande aprendizado, como essa experiência que tive sobre respeito, respeito
ao próximo, respeito as diversidades culturais, respeito a população do país em
qual estou. E sou grata a Deus por Ele me conceder essas experiências, e mesmo escrevendo mal como estou (risos, mas
vou melhorar) nada disso é valido sem nenhum aprendizado ou sem agradecer a
Deus diariamente.
Reflitam.
SAPS!
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